Doença ocular pode ser agravada por mudanças de temperaturas, mas algumas medidas ajudam a evitá-la durante o ano […]
Doença ocular pode ser agravada por mudanças de temperaturas, mas algumas medidas ajudam a evitá-la durante o ano inteiro
As mudanças de clima, deixando-o com baixa umidade, pode trazer complicações à saúde dos olhos, como é o caso da síndrome do olho seco. Apesar de comum (até 52% da população brasileira pode apresentar o quadro) e bastante incômoda, a síndrome ainda é pouco conhecida. “A boa notícia é que existem medidas para ajudar a conter as crises de olho seco, em qualquer estação do ano”, conta o Dr. José Alvaro Pereira Gomes, oftalmologista (CRM 66306-SP) e presidente da após (Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco).
O que é o olho seco?
Diversos motivos podem afetar a saúde ocular:
- Mudança climática
- muito tempo de exposição ao vento, ventilador ou ar-condicionado
- horas em frente a telas
- uso de lentes de contato
- entre outros
Se o quadro for de secura momentânea por agentes externos, o quadro costuma ser resolvido com a devida lubrificação, realizada com colírios especiais para isso.
Já a síndrome do olho seco tem seus sintomas de forma mais intensa e crônica, tornando o ressecamento uma condição oftalmológica impactante e limitante para a qualidade de vida. Nestes casos, a falta da hidratação requer acompanhamento periódico de oftalmologistas para indicação do melhor tratamento
Essa deficiência traz consequências à superfície dos olhos, principalmente à córnea, que protege a região frontal do olho e garante a entrada adequada de luz para a formação das imagens. “A córnea depende da lubrificação para manter as suas características de transparência, bem como a sua capacidade óptica perfeita. A lágrima regulariza essa superfície, então também tem uma função óptica muito importante”, explica o doutor. “ Quando a produção ou a qualidade da lágrima não estão adequados, essa inervação acaba sendo estimulada e a pessoa começa a sentir sintomas de desconforto ocular”, conclui.
Questões hormonais e ambientais podem influenciar no aparecimento da síndrome
O olho seco pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças. Entretanto, a síndrome é mais comum em adultos, principalmente em mulheres na pós-menopausa. Ou seja, fatores hormonais podem contribuir para o aumento da prevalência da condição.
Entre os agentes agravantes para as crises de quem já convive com a síndrome do olho seco estão o uso prolongado de dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores, tablets e televisões, exposição excessiva ao ar condicionado ou ambientes com baixa umidade, uso de lentes de contato, envelhecimento, alguns medicamentos e outros problemas de saúde, como a síndrome de Sjögren.
Entre os sintomas do olho seco, estão:
– Sensação de areia nos olhos;
– Ardência;
– Vermelhidão;
– Irritação em um ou ambos os olhos;
– Coceira;
– Lacrimejamento excessivo;
– Fotofobia: sensibilidade à luz;
– Visão embaçada e/ou borrada.
Se não for tratada adequadamente, a síndrome do olho seco afeta a qualidade de vida dos pacientes. “Se um ou mais desses sintomas persistirem é essencial buscar a avaliação de um oftalmologista o mais cedo possível para evitar complicações e garantir a qualidade visual e bem-estar ocular”, diz o oftalmologista.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico da síndrome do olho seco é realizado por meio de avaliação oftalmológica que inclui a análise dos sintomas, exame clínico e testes específicos, como o teste de Schirmer e a análise do filme lacrimal.
“Identificar precocemente a doença é essencial para iniciar o tratamento adequado e evitar danos à superfície ocular, além de aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente”, reforça Dr. Jose Alvaro Pereira Gomes.
Após a identificação da síndrome, seu tratamento pode incluir o uso de lubrificantes oculares (colírios), medicamentos anti-inflamatórios e imunomoduladores, bem como procedimentos minimamente invasivos. Dependendo da gravidade e da causa da condição, outros especialistas, como reumatologistas, podem ser envolvidos em casos de olho seco associado a doenças autoimunes.
Medidas simples podem colaborar para evitar crises de olho seco durante todo o ano
Alguns hábitos podem ajudar a prevenir os sintomas de secura ocular. Entre elas, evitar ambientes com ar condicionado, fazer pausas ao usar telas, piscar regularmente durante leituras ou atividades prolongadas e manter a hidratação em dia.
O uso de lubrificantes oculares, como o colírio Optive®, pode ser recomendado para aliviar o desconforto e a secura ocular. Sua composição ajuda a restaurar e estabilizar a lágrima, mantendo a superfície ocular hidratada e proporcionando alívio imediato e duradouro dos sintomas, assim como maior conforto e bem-estar ocular.
Para mais informações sobre o olho seco e o uso de Optive®, consulte um oftalmologista.
Referências:
1. Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Consulta em 21/07/2023. Disponível em: http://www.cbo.com.br/jotazerovirtual/15_032006.htm e http://www.cbo.com.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_09_leitura.pdf
2. Fridman, D., Freitag, M. M., Kleinert, F., & Lavinsky, J.. (2004). Olho seco: conceitos, história natural e classificações. Arquivos Brasileiros De Oftalmologia, 67(1), 181–185. Consulta em 21/07/2023. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0004-27492004000100033
3. Fonseca, E. C., Arruda, G. V., & Rocha, E. M.. (2010). Olho seco: etiopatogenia e tratamento. Arquivos Brasileiros De Oftalmologia, 73(2), 197–203. Consulta em 21/07/2023. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0004-27492010000200021
4. Associação dos Portadores de Olho Seco. Consulta em 21/07/2023. Disponível em: https://apos-olhoseco.com.br/
Minibula:
O Implante em Gel XEN foi projetado para reduzir a pressão intraocular em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto cujos tratamentos médicos anteriores falharam.IU01_ XEN/MS- 80143600113.Todos os Direitos Reservados. BR-OPT-230057. Aprovado em Ago/23.