Como cuidar da saúde ocular em tempos de Covid-19

Desde o ano passado, o cuidado com a saúde ocular tem um novo foco para nós, voltado à […]

Desde o ano passado, o cuidado com a saúde ocular tem um novo foco para nós, voltado à importância em dar continuidade aos tratamentos oculares durante a pandemia pela Covid-19.

Já se passou mais de um ano após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil e, desde então, por diversos motivos, é possível que pacientes tenham interrompido seus tratamentos, não retornando ao oftalmologista, ou até mesmo adiado a primeira consulta com o especialista. Por isso, além de cumprir o nosso papel regular de conscientização a respeito das medidas contra a cegueira, precisamos reforçar que os cuidados com a saúde ocular não podem cessar em meio à pandemia. É o que pontua a Dra. Edna Almodin (CRM – PR 7.500), médica oftalmologista e ex- presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia: "Sabemos que é um período atípico, mas nós, enquanto especialistas, precisamos seguir avaliando e orientando sobre a relação de custo e benefício de o paciente seguir em consulta com o profissional", acrescenta.

Covid-19 e saúde ocular: Quando visitar o especialista

Dra. Edna orienta que quem apresenta problemas de refração – como miopia, hipermetropia, astigmatismo – pode esperar mais um pouco para a avaliação periódica, desde que acordado com o médico que acompanha o paciente. No entanto, há doenças oculares que podem trazer danos sérios e são justamente essas que exigem atenção. "A demora em buscar orientação especializada pode ocasionar hemorragias e lesões irreversíveis em pessoas que tem retinopatia diabética, por exemplo. E protelar os cuidados de um paciente com glaucoma pode elevar demais a pressão intraocular e também evoluir para a perda total da visão. O paciente deve ponderar as alternativas. É uma doença progressiva? Então, consultar um médico oftalmologista é urgente. Esses casos não podem esperar", explica Dra. Edna.

Para amenizar a insegurança e manter o foco na saúde ocular, a especialista indica que o paciente ligue para o seu médico e esclareça suas dúvidas e siga as orientações do profissional.

Embora o médico oftalmologista não tenha como avaliar os sinais de progressão de uma doença ocular por telefone, é um caminho de orientação e possíveis evoluções para consultas on-line e presencial.

"Pelas plataformas on-line nós conseguimos analisar se há necessidade de uma visita presencial. Elas são necessárias quando precisamos realizar exames com instrumentos que verificam fundo de olho, pressão intraocular, entre outros, e que só podem ser realizados no consultório", esclarece a doutora.

Como cuidar da saúde ocular na pandemia

Dra. Edna aproveita para reforçar ações constantes que devemos praticar para manter a qualidade de nossa visão:

1. Consultar o médico oftalmologista regularmente
A visita regular ao oftalmologista e a realização dos exames de rotina são essenciais para detecção precoce das doenças oculares. No caso das crianças, o primeiro exame é o do olhinho (realizado ainda na maternidade). A periodicidade do acompanhamento com profissional será definida por ele a partir de diagnósticos e tratamentos indicados.

2. Controlar o tempo de exposição às telas
Desde o início da pandemia, os adultos concentraram mais tempo em frente aos computadores para trabalhar durante uma carga horária muitas vezes estendida. Já as crianças, acabaram somando horas de aulas on-line e com distrações em celulares e tablets. "Esse uso excessivo de eletrônicos resseca os olhos, pois piscamos menos enquanto estamos diante das telas. Consequentemente, esse ressecamento pode desencadear sintomas de olho seco", alerta a médica oftalmologista.

Para diminuir o impacto do uso excessivo de telas, a especialista sugere pausas, com descanso dos olhos das telas, e a prática de olhar para o infinito, que pode ser somado ao uso de colírio lubrificante devidamente orientado pelo médico oftalmologista. Esta medida pode aliviar os sintomas, mas não substitui a conversa com o médico.

3. Não interromper o tratamento ocular
Assim como já mencionado, há doenças oculares que demandam tratamento contínuo e requerem o uso diário de medicamentos, com horários e formas específicas de aplicação. É importante manter o tratamento de acordo com as instruções do seu médico.

4. Higienização adequada das mãos
Um dos meios de contágio da Covid-19 é por meio das secreções lacrimais e por isso todo contato das mãos com olhos deve ser evitado. Inclusive, as mãos devem estar sempre higienizadas para o caso de o contato acontecer.

Para quem usa lentes de contato os cuidados devem ser ainda maiores. Antes de levar as mãos aos olhos para colocar ou retirar as lentes tenha convicção de que elas estão suficientemente limpas.

Não sabemos por quanto tempo ainda precisaremos nos manter afastados uns dos outros, então cuide-se o quanto for possível, mas não deixe para depois os cuidados com a saúde dos seus olhos.

 

Os conteúdos disponíveis no portal Visão em Dia têm a intenção de fornecer informações sobre saúde ocular. A consulta com o profissional de saúde é fundamental e imprescindível para eventual diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente.

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Conheça os exames de rotina que cuidam dos seus olhos

Monitorar a saúde ocular é tão importante, que antes mesmo de sairmos da maternidade nós já passamos pelo teste do […]

Monitorar a saúde ocular é tão importante, que antes mesmo de sairmos da maternidade nós já passamos pelo teste do olhinho. Ao longo da vida, diversas são as necessidades que orientam para os exames de rotina, tanto para a prevenção quanto para a detecção de doenças, como problemas de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo), catarataglaucomaretinopatia diabética, entre outros.  

A Dra. Ana Luisa Hofling (CRM-SP 37.846), Professora de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), explica que “a consulta oftalmológica é necessária em qualquer idade para avaliar a visão, a anatomia (tanto do segmento anterior como do segmento posterior de cada olho) e o alinhamento dos olhos. Na consulta oftalmológica pode haver a necessidade de realização de exames complementares para uma avaliação mais detalhada”. 

Assim, separamos alguns dos exames mais comuns realizados para controle da saúde ocular para que você possa compreender o objetivo de cada um:

– Exame de refração: Sabe aquele exame em que olhamos várias letras e números em diferentes tamanhos? É dele que estamos falando. Ele ajuda o médico a detectar os erros de refração e a necessidade do uso de óculos. A medida da acuidade visual pode ser feita com e sem o uso de óculos e pode detectar a ambliopia (falta de desenvolvimento normal da visão). Este exame também é necessário para adaptação de lentes de contato.

– Avaliação biomicroscópica: É com a ajuda de um microscópio que o oftalmologista avalia pálpebras, vias lacrimais e as várias estruturas dos olhos. É com este exame que o especialista pode identificar causas de irritação ocular e edema nas pálpebras, alteração na lubrificação dos olhos, presença de catarata, entre outros problemas oculares.

– Medida da pressão ocular: Como é mais comum o aumento da pressão e desenvolvimento de glaucoma após os 40 anos e acima desta faixa etária, a tonometria é um dos exames imprescindíveis para avaliar a pressão intraocular (PIO).

– Oftalmoscopia: Popularmente conhecido como exame de fundo do olho, é por meio deste exame que se avalia o segmento posterior ocular – em especial, a retina e o nervo óptico. Doenças como degenerações da retina, retinopatia diabética e alterações do nervo óptico podem ser detectadas.

– Teste ortóptico: Este exame avalia a movimentação e alinhamento dos olhos (também conhecido como teste de motilidade ocular) e auxilia no diagnóstico e acompanhamento do estrabismo (dificuldade de visão binocular).

Alguns problemas oculares não causam sintomas, por isso “a consulta periódica com o especialista é a melhor opção para prevenção de várias doenças. A partir dos sinais e sintomas apresentados, o médico indicará a frequência das consultas futuras (mensal, bimestral, trimestral, semestralmente) para uma nova avaliação”, orienta Dra. Ana Luisa.

Se você precisa de ajuda para encontrar um médico, aqui você pode localizar o oftalmologista que está mais próximo da sua região.  

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

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Cuidar da saúde dos olhos deve comecar cedo e fazer parte da rotina

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Ao longo da vida, diversas são as necessidades que orientam para os exames de rotina, tanto para a prevenção quanto para a detecção de doenças, como problemas de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo), catarata, glaucoma, retinopatia diabética, entre outros.

A Dra. Ana Luisa Hofling (CRM-SP 37.846), Professora de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), explica que “a consulta oftalmológica é necessária em qualquer idade para avaliar a visão, a anatomia (tanto do segmento anterior como do segmento posterior de cada olho) e o alinhamento dos olhos. Na consulta oftalmológica pode haver a necessidade de realização de exames complementares para uma avaliação mais detalhada”.

Assim, separamos alguns dos exames mais comuns realizados para controle da saúde ocular para que você possa compreender o objetivo de cada um:

– Exame de refração: Sabe aquele exame em que olhamos várias letras e números em diferentes tamanhos? É dele que estamos falando. Ele ajuda o médico a detectar os erros de refração e a necessidade do uso de óculos. A medida da acuidade visual pode ser feita com e sem o uso de óculos e pode detectar a ambliopia (falta de desenvolvimento normal da visão). Este exame também é necessário para adaptação de lentes de contato.

– Avaliação biomicroscópica: É com a ajuda de um microscópio que o oftalmologista avalia pálpebras, vias lacrimais e as várias estruturas dos olhos. É com este exame que o especialista pode identificar causas de irritação ocular e edema nas pálpebras, alteração na lubrificação dos olhos, presença de catarata, entre outros problemas oculares.

– Medida da pressão ocular: Como é mais comum o aumento da pressão e desenvolvimento de glaucoma após os 40 anos e acima desta faixa etária, a tonometria é um dos exames imprescindíveis para avaliar a pressão intraocular (PIO).

– Oftalmoscopia: Popularmente conhecido como exame de fundo do olho, é por meio deste exame que se avalia o segmento posterior ocular – em especial, a retina e o nervo óptico. Doenças como degenerações da retina, retinopatia diabética e alterações do nervo óptico podem ser detectadas.

– Teste ortóptico: Este exame avalia a movimentação e alinhamento dos olhos (também conhecido como teste de motilidade ocular) e auxilia no diagnóstico e acompanhamento do estrabismo (dificuldade de visão binocular).

Alguns problemas oculares não causam sintomas, por isso “a consulta periódica com o especialista é a melhor opção para prevenção de várias doenças. A partir dos sinais e sintomas apresentados, o médico indicará a frequência das consultas futuras (mensal, bimestral, trimestral, semestralmente) para uma nova avaliação”, orienta Dra. Ana Luisa.

Se você precisa de ajuda para encontrar um médico, aqui você pode localizar o oftalmologista que está mais próximo da sua região.

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

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Como cuidar da saúde dos seus olhos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há pelo menos 2,2 bilhões de casos de cegueira ou deficiência […]

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há pelo menos 2,2 bilhões de casos de cegueira ou deficiência visual no mundo, sendo que 1 bilhão poderia ter sido evitado, ou ainda não foi tratado (1). Por isso, o Dia Mundial da Visão, que este ano ocorre em 08 de outubro, reforça a necessidade dos cuidados com a saúde ocular, que começa com o médico oftalmologista.

Todos nós estamos sujeitos ao acometimento de doenças oculares, mas as que exigem mais atenção são as que não apresentam sintomas. Ou seja, as doenças que, inicialmente, trazem sintomas imperceptíveis – são detectados somente com a ajuda do médico oftalmologista.

Como cuidar da saúde ocular

A primeira e mais importante atitude é visitar o especialista periodicamente. Por meio dos exames de rotina o médico oftalmologista consegue avaliar se há alguma alteração e a necessidade de realização de exames complementares.

O segundo passo é seguir à risca as orientações do profissional. Por exemplo, o paciente com glaucoma precisa instilar os colírios nos horários indicados. Cada medicação prescrita tem uma função e esquecer um deles pode afetar o resultado do tratamento como um todo. Em caso de dúvida, sempre converse com o seu médico.

Além do acompanhamento de um especialista, também é importante estar atento a atitudes que ajudam a prevenir o surgimento de doenças, tais como:

– Não coçar os olhos para evitar o desenvolvimento ou progressão do ceratocone;
– Caso tenha indicação médica, usar óculos com filtros para proteger os olhos e eventual prevenção de doenças como degeneração macular relacionada à idade (DMRI);
– Ter cuidado para evitar acidentes domésticos que possam causar traumas, como fogo, objetos pontiagudos;
– Praticar atividade física regularmente (2);
– Manter uma alimentação saudável, rica em antioxidantes (3);
– Evitar o tabagismo (4), pois ele pode acelerar o desenvolvimento de doenças oculares.

Principais doenças oculares:- 196 milhões de pessoas com degeneração macular relacionada à idade (5);
– 146 milhões de pessoas com retinopatia diabética (3);
– 76 milhões de pessoas com glaucoma (3);

Conhecer as doenças oculares que podem levar à perda completa da visão é um caminho para a prevenção e adesão aos tratamentos propostos pelos médicos. Saiba mais sobre algumas delas:  

GLAUCOMA

O glaucoma é uma doença crônica, sem cura, que pode não apresentar sintomas em sua fase inicial. O diagnóstico precoce depende da visita regular ao médico oftalmologista. O glaucoma é uma doença que acomete o nervo óptico e que pode estar associada ao aumento da pressão intraocular (PIO – pressão interna do olho)

O glaucoma é mais comum em negros, idosos, pessoas com histórico da doença na família ou alta miopia, além de usuários crônicos de colírios com corticoides e diabéticos (6).

Uma das formas de tratamento é o uso de colírios hipotensivos, ou seja, aqueles que têm o efeito de baixar a pressão intraocular, usados de forma contínua (para o resto da vida). Em alguns casos, o uso de laser ou cirurgia é indicado.

Neste vídeo você encontra informações complementares e de forma mais ilustrativa.

RETINOPATIA DIABÉTICA

retinopatia diabética (RD) é uma complicação do diabetes que pode não apresentar sintomas em seus estágios iniciais. Ela afeta cerca de uma em cada três pessoas que vive com diabetes e é a principal causa de perda de visão e cegueira em pessoas com idade entre 20 e 65 anos (7). 

Inicialmente, não apresenta sintomas. A partir do momento em que as complicações vão ficando mais sérias, a visão se torna borrada e distorcida.

A doença é causada pelo excesso de açúcar nos pequenos vasos sanguíneos que irrigam a retina. Este material desgasta os casos, causando edemas ou obstruções. Portanto, é fundamental que o paciente com diabetes mantenha a taxa glicêmica controlada e faça visitas periódicas ao médico oftalmologista, além do endocrinologista.

Saiba mais sobre a retinopatia diabética neste vídeo.

As doenças oculares podem ser controladas e é possível evitar sua progressão. Para isso, é importante visitar regularmente o médico oftalmologista. Na consulta de rotina o especialista identifica se existe algum problema e quais providências podem ser tomadas.

Se este texto te ajudou, certamente pode ajudar as pessoas a sua volta: compartilhe com seus amigos e familiares!O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

Referência bibliográfica
(1) World report on vision 2019.
(2) A importância da prática de atividades físicas na promoção da saúde ocular das pessoas idosas.
Disponível em: http://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/556/270/. Acesso em: 04/07/2022;
(3) Luteína: Propriedades antioxidantes e benefícios à saúde; 
(4) Análise da camada de fibras nervosas da retina em usuários crônicos do tabaco e álcool;
(5) Hope in Sight – Toolkit;
(6) Conselho Brasileiro de Oftalmologia: Tudo sobre glaucoma;
(7) International Diabetes Federation: Diabetic Macular Edema (DME).

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Conheça as doenças que podem prejudicar a sua saúde ocular

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“O que podemos fazer para evitar problemas com a saúde ocular?”, “Quais doenças costumam afetar os olhos?”, “Como o médico oftalmologista pode me ajudar?”. O mês de julho traz uma data bastante importante, o Dia Mundial da Saúde Ocular (10/07), e nós vamos aproveitar para abordar os principais aspectos sobre a saúde dos olhos, afinal, é preciso cuidar hoje para ver amanhã.

O que é saúde ocular?

Todos os nossos sentidos são responsáveis, de alguma forma, por nossa comunicação com o mundo exterior. A visão, no entanto, tem maior contribuição. Ela é responsável por 80%¹ das informações que recebemos. Já com este dado é possível perceber a importância de cuidar deste órgão.

Dra. Cláudia Del Claro (CRM-SC 10.589), médica oftalmologista, explica: “Quando falamos em saúde ocular, referimo-nos à saúde dos olhos. Apesar de se tratar de um dos menores órgãos do corpo humano, sua estrutura é extremamente complexa e delicada – daí entendemos o porquê de existir uma especialidade dedicada aos olhos”.

A estrutura ocular é composta, principalmente, por:

– Cílios;
– Córnea;
– Coroide;
– Corpo ciliar;
– Cristalino;
– Esclera;
– Conjuntiva;
– Glândula lacrimal;
– Humor aquoso;
– Humor vítreo;
– Íris;
– Mácula;
– Nervo óptico;
– Pálpebras;
– Pupila;
– Retina.

Preservar a saúde ocular é investir em cuidados e na manutenção dos olhos para que nossa visão seja conservada, bem como suas estruturas.

E como evitar complicações futuras? “É imprescindível que o paciente consulte o médico oftalmologista. Além dos exames realizados e solicitados, a troca de informações também é bastante importante. Estudos mostram que as maiores causas de cegueira podem ser prevenidas. Aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas vivem com uma deficiência visual, sendo que pelo menos um bilhão desses casos poderia ter sido evitado, ou ainda não foi diagnosticado². Levar o esclarecimento a essas pessoas já é meio passo dado”, orienta Dra. Claudia.

Principais doenças que podem prejudicar a saúde ocular

Entre as doenças oculares que podem interferir seriamente na saúde dos olhos estão:

Catarata
Atrás da íris, os olhos possuem uma lente denominada cristalino. A catarata ocorre quando o cristalino sofre qualquer perda de transparência. O uso de lentes ou óculos pode colaborar para o conforto visual em fase inicial, mas a catarata é uma doença progressiva. Por conta disso, a cirurgia para substituição do cristalino acaba se tornando o único tratamento efetivo. A estimativa é de que 65,2 milhões de pessoas já sofram com a catarata².

Ela pode ser congênita (presente desde o nascimento), ou adquirida, quando outros fatores levam ao seu desenvolvimento. Podemos citar: envelhecimento do cristalino com o passar da idade, uso de medicamentos (como esteroides), diabetes, glaucoma, traumas oculares e radiação para tratamento de outras patologias.

Glaucoma
O nervo ótico é o responsável por levar as informações que vemos ao cérebro. Qualquer dano nessa região pode interferir na qualidade da visão. O glaucoma é originado a partir de danos no nervo ótico e pode levar à cegueira total. O glaucoma pode ser primário de ângulo aberto, de ângulo fechado, congênito e secundário. Estima-se que 6,9 milhões de pessoas já sofram com a doença².

A doença é contida com base no controle da pressão intraocular (PIO) por meio de medicamentos específicos, laser ou de cirurgia. As indicações variam segundo cada caso.

Olho seco
A superfície ocular é revestida por uma fina película chamada filme lacrimal. Ela é composta, basicamente, pela lágrima. Toda vez que piscamos, esta lágrima é substituída por uma nova. Quando há deficiência na produção de lágrimas, ocorre o chamado olho seco. Fatores externos e doenças associadas à deficiência na composição/produção lacrimal também podem desencadear o olho seco, que pode ser tratado com possíveis mudanças de ambiente, colírios lubrificantes, oclusão do ponto lacrimal ou até mesmo uso de óculos ou lentes de contatos específicas e cirurgia, entre outras opções tópicas de tratamento, antibióticos e terapia intensa com luz pulsada³.

Retinopatia diabética
A retina é uma das estruturas que compõe a parte posterior do olho e é responsável por transformar a imagem em mensagem para o cérebro. Podemos dizer que os olhos são como uma câmera fotográfica e a retina pode ser comparada ao filme fotográfico. É ela que capta a imagem, registra e decodifica para enviar ao cérebro.

diabetes é uma doença que predispõe a evolução de diversas disfunções no organismo, uma delas é a retinopatia diabética, doença ocular de característica progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho, formando microaneurismas que tendem a se romper ou extravasar sangue, causando hemorragia e infiltração de gordura na retina, podendo causar a perda parcial ou total da visão.

Para tratar a doença é importante controlar o diabetes por meio das orientações do endocrinologista. Além disso, a fotocoagulação à laser, medicamentos intravítreos e cirurgia também são opções de tratamento – dependendo de cada caso.

Como preservar a saúde ocular

As doenças oculares citadas acima podem não ter cura, mas há meios de controlar os sintomas e evitar sua progressão, que pode desencadear a perda total da visão em alguns casos. A médica oftalmologista é enfática sobre a importância das consultas regulares com o especialista: “Esses encontros vão muito além da indicação ou não de óculos, ou ajuste de grau. É na consulta de rotina que nós identificamos se existe algum problema e tomamos as devidas providências”.

No entanto, quando o assunto é saúde ocular, nem tudo depende do médico oftalmologista. A Dra. Claudia explica como você pode fazer a sua parte na prevenção:

-Não coçar os olhos para evitar o desenvolvimento ou progressão do ceratocone;
– Usar óculos com filtros para proteger os olhos e eventual prevenção de doenças como degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e pterígio (degeneração da conjuntiva que pode atingir a córnea);
– Evitar acidentes domésticos que possam causar traumas, como fogo, objetos pontiagudos;
– Adquirir uma alimentação saudável, rica em antioxidantes;
– Evitar o tabagismo, pois ele apresenta propriedades que podem acelerar o desenvolvimento de doenças oculares.

Quanto mais fazemos por nossa saúde ocular, mais preservamos nossa visão. Se você busca mais informações relacionadas a este assunto, este link pode te ajudar.

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista

Referências:

¹Biblioteca Virtual em Saúde – https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/53saude_ocular.html
²https://www.who.int/docs/default-source/infographics-pdf/world-vision-infographic-final.pdf?sfvrsn=85b7bcde_2
³ L. Jones et al. / TFOS DEWS II Management and therapy report; The Ocular Surface 15 (2017) 575-628

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Abril Marrom: Combate à cegueira em tempos de Covid-19

Desde 2016, o mês de abril passou a ter um papel bastante importante quando falamos em saúde ocular. […]

Desde 2016, o mês de abril passou a ter um papel bastante importante quando falamos em saúde ocular. Isso porque o período foi definido como o Mês de Prevenção e Combate aos Diversos Tipos de Cegueira – Abril Marrom. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , pelo menos 2,2 bilhões de pessoas no mundo têm deficiência visual ou cegueira. Este ano, especificamente, o cuidado ocular deve ser associado a outros comportamentos – não só pela saúde dos olhos, mas também pelo contexto do contágio da Covid-19 (coronavírus).

Abril Marrom: Como tudo começou

O projeto Abril Marrom surgiu em 2016, pelas mãos do Dr. Suel Abujamra (in memoriam), também doutor em oftalmologia e ex-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). O especialista escolheu abril porque o Dia Nacional do Braile é comemorado no mesmo mês, em 08 de abril. Já o marrom foi escolhido por ser a cor da íris da maioria dos brasileiros, lembrando que ela é responsável por controlar a entrada de luz em nossos olhos.

Desta forma, o objetivo do Abril Marrom é conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a manutenção da saúde ocular e da prevenção da perda visual.

Prevenção da cegueira em tempos de covid-19

De acordo com a OMS¹, dentre as condições oculares comuns que podem comprometer a visão (incluindo cegueira) estão a Doença Macular Relacionada à Idade (DMRI), catarata, opacidade da córnea, retinopatia diabéticaglaucomaerros de refração e tracoma.

Em relação ao glaucoma, o relatório mais recente da OMS¹ mostra que este ano serão 76 milhões de pessoas (entre 40 e 80 anos) com a doença. O número é bastante expressivo e reforça a necessidade de não descuirdamos mesmo em meio à pandemia de coronavírus. Por isso, o nosso foco neste mês em torno do Abril Marrom está especialmente baseado no alerta sobre o glaucoma e seu contexto de cuidados durante as restrições de locomoção e de quarentena.   

Para reforçar isso e contribuir com a conscientização, a Sociedade Brasileira de Glaucoma elaborou um material informativo² com as principais orientações para portadores de glaucoma em tempos de covid-19:

1. Lavar bem as mãos antes de instilar o(s) colírio(s);
2. Evitar sair de casa para comprar seus colírios ou qualquer medicação. Dê preferência ao serviço de entrega em domicílio das farmácias para não se expor desnecessariamente;
3. Seguir os horários estabelecidos pelo seu médico oftalmologista para aplicação das medicações;
4. A pressão intraocular (PIO) NÃO costuma apresentar variações significativas em um curto espaço de tempo em pacientes em uso regular dos colírios. Sendo assim, NÃO existe necessidade de pronto atendimento somente para medir a pressão ocular. Fique em casa;
5. Até o momento, NÃO existem evidências de que os colírios utilizados para o tratamento do glaucoma possam influenciar na infecção pelo coronavírus;
6. Lembrando que tudo é muito novo, também NÃO existem evidências até o momento de que as medicações utilizadas para o tratamento da infecção pelo coronavírus possam influenciar na evolução do glaucoma;
7. Manter o uso regular de todos os colírios que compõe o seu tratamento;
8. Cuidar bem da sua saúde em geral. O bom controle do diabetes, da pressão arterial, entre outros, é essencial neste momento.

Se surgir alguma dúvida sobre sintomas ou até mesmo sobre o seu próprio tratamento, consulte o seu médico oftalmologista. Para garantir o suporte aos pacientes em isolamento, o Conselho Federal de Medicina aperfeiçoou a eficiência dos serviços médicos prestados e, excepcionamente nesse período de COVID-19, os especialistas podem realizar o atendimento à distância.

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

Referências
¹WorldReportOnVision 2019 disponível aqui: https://www.who.int/publications-detail/world-report-on-vision
²Material informativo da Sociedade Brasileira de Glaucoma disponível aqui: https://www.sbglaucoma.org.br/newsletter/2020/03-23/2020-03-23-sbg-newsletter-glaucoma-orientacao-covid19.pdf

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Blefarite: Saiba o que é e como tratar

Irritação ocular, vermelhidão, sintomas de olho seco, ardência e lacrimejamento excessivo. Estes sintomas podem ser característicos de diversas […]

Irritação ocular, vermelhidão, sintomas de olho seco, ardência e lacrimejamento excessivo. Estes sintomas podem ser característicos de diversas doenças oculares e hoje nós falaremos sobre a blefarite. Ela é um tipo de inflamação que pode ocorrer nas pálpebras e desencadear os sinais listados anteriormente, somado ao aparecimento de “caspas” nos cílios.

Dr. Hamilton Moreira (CRM-PR 9388)médico oftalmologista, esclarece que a blefarite não é contagiosa e que alguns fatores podem facilitar o seu surgimento, tais como alergia a determinados medicamentos, dermatites (grupo de doenças que causa inflamações na pele), rosácea, pele oleosa, seborreia, alergia a maquiagem e até mesmo estresse. “Ela ocorre em função de diversos fatores relacionados, não um fator isolado”, explica o especialista.

Tratamentos para blefarite

Por estar comumente relacionada a problemas de pele, hábitos de higiene podem ser adotados e/ou melhorados a fim de controlar os sintomas da doença. “Ainda não existe cura, mas hoje há opções eficientes e específicas de medicamentos e procedimentos para auxiliar na qualidade de vida do paciente”, conta Dr. Hamilton. 

Os principais tratamentos para blefarite, com orientação do médico oftalmologista, são:

1.    Hábitos de higiene: Fazer a higiene correta das pálpebras previne infecções e inflamações. Para isso, é importante lavar o rosto diariamente e manter os olhos limpos com o auxílio de produtos específicos e indicados pelo médico oftalmologista.
2.    Medicamentos: Além de colírios anti-inflamatórios e antibióticos, o médico também pode recomendar o uso de pomada específica.

Além das alternativas acima, o uso de lubrificante ocular pode ser benéfico no controle dos sintomas: “As lágrimas artificiais colaboram aliviando os sintomas, por isso podem ser usadas regularmente”, acrescenta o médico oftalmologista. 

Dr. Hamilton aproveita para reforçar a importância do tratamento: “Pode parecer uma doença ocular simples, mas a blefarite deve ser tratada com seriedade. A falta de cuidados pode facilitar o aparecimento de complicações, como úlcera da córnea e até mesmo prejudicar a visão. Consultar o seu médico oftalmologista e ter conhecimento das opções é extremamente importante”.


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Conjuntivite alérgica: saiba quais são as suas causas e como tratar

A conjuntivite alérgica é um dos tipos mais comuns de inflamação ocular. Mais incidente no período da primavera, ela pode […]

conjuntivite alérgica é um dos tipos mais comuns de inflamação ocular. Mais incidente no período da primavera, ela pode ser evitada em alguns casos e na maioria dos casos é de fácil tratamento.

“A conjuntivite consiste em uma inflamação que ocorre na conjuntiva (membrana fina que recobre a parte branca do olho), podendo acometer pessoas de diferente sexo e faixa etária. Sua origem se dá pelo contato com fatores que desencadeiam alergias oculares, tais como poeira doméstica, mofo, pelos de animais, poluição, pólen de árvores e plantas”, explica o médico oftalmologista Carlos Arieta (CRM-SP 42.785).

Tipos de conjuntivite alérgica

Os tipos mais comuns de conjuntivite alérgica são a atópica perene e a primaveril. A primeira pode ocorrer durante todo o ano, enquanto a segunda se manifesta quando a pessoa apresenta predisposição em determinada fase da vida – geralmente, enquanto jovem.

A conjuntivite alérgica do tipo primaveril pode durar anos e em determinada fase da vida simplesmente desaparecer ou se abrandar.

Sintomas da conjuntivite alérgica

Dr. Carlos esclarece que o principal sintoma da conjuntivite alérgica é a coceira (prurido) nos olhos, mas também podem ocorrer sensação de corpo estranho (como se fosse “areia” nos olhos), fotofobia (sensibilidade à luz), inchaço das pálpebras, lacrimejamento, vermelhidão e sensação de queimação. Eles podem durar horas, dias ou meses.

A conjuntivite alérgica pode ocorrer por si só ou ainda estar associada à rinite alérgica, o que inclui sintomas de coceira no nariz, garganta e ouvido, espirros, coriza aquosa e entupimento do nariz.

“O hábito de coçar os olhos pode desencadear o aumento da curvatura da córnea em pessoas com propensão familiar e levar ao desenvolvimento de ceratocone, doença ocular que pode prejudicar a visão devido à deformação da córnea. Para isso, é importante que o paciente evite ao máximo coçar os olhos”, orienta o especialista.

Como tratar a conjuntivite alérgica

Em muitos casos é possível detectar os fatores alergênicos que desencadeiam a disfunção, o que auxilia na prevenção das crises.

De forma geral, a conjuntivite alérgica é tratada com colírios antialérgicos específicos e, muitas vezes, associados com colírios anti-inflamatórios. O médico alerta que o uso frequente de colírio à base de corticoide pode causar complicações oculares sérias, por isso necessita do acompanhamento do especialista. “Nos casos mais graves de conjuntivite alérgica crônica pode ser necessário o uso de medicamentos por via sistêmica e de colírios à base de imunossupressores”, acrescenta Dr. Carlos.

Fazer compressa fria pode ajudar a amenizar o inchaço das pálpebras e aliviar os sintomas.

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

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Uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode afetar a saúde ocular

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Hoje em dia, o contato com telas de computadores, tablets e celulares está presente na rotina de grande parte das pessoas, principalmente entre os jovens. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 66,3% das pessoas entre 10 e 24 anos acessam à internet, sendo que desses, 94,6% acessam via celular¹.

A agência internacional We Are Social publicou um estudo mostrando que o brasileiro passa, em média, 9 horas concectado à internet por dia², tornando-se o terceiro país mais conectado. Essa mudança comportamental, impulsionada pelo avanço tecnológico, ainda é muito recente, mas tem despertado o interesse de vários profissionais da saúde com relação à interferência que este hábito pode causar aos usuários. 

No campo da saúde ocular, estudos apontam para um possível impacto negativo na visão dos jovens, como explica a oftalmologista Dra. Ruth Santo (CRM/SP 57390): “Estudos demonstram que o uso excessivo e prolongado dos dispositivos eletrônicos pelas crianças, pode contribuir para o aparecimento e progressão da miopia, sobretudo naquelas que já têm propensão genética”.

Ao focar em uma imagem que está próxima, o cristalino (lente natural localizada atrás da íris) contrai a musculatura interna do olho, chamado de músculo ciliar, que, assim como qualquer outro músculo, se forçado por muito tempo, pode entrar em espasmo e resultar em uma “pseudomiopia” – “vista cansada”, como é popularmente conhecida.  

Além disso, “realizar atividades que exigem bastante atenção, como a leitura, reduz a quantidade de piscadas, fazendo com que a superfície dos olhos fique sujeita ao ressecamento ocasionado pela evaporação da lágrima. Em locais com baixa umidade do ar ou em ambientes climatizados, a evaporação da lágrima é ainda maior. Portanto, nos dias de hoje, os fatores ambientais e comportamentais favorecem o aparecimento de sintomas de olho seco, mesmo na população mais jovem”, explica a Dra. Ruth. 

Estudos também evidenciam que a expossição excessiva à luz azul, emanada pelas telas dos dispositivos eletrônicos, pode causar problemas não só à superfície ocular, mas também às estruturas internas do olho, como o aumento na incidência de catarata e degeneração da retina³.

O uso cada vez maior de equipamentos eletrônicos evidencia a necessidade de redobrar os cuidados com a saúde ocular, especialmente dos jovens e crianças, que devem utilizar esses dispositivos por período monitorado para evitar que passem muitas horas em frente às telas.  

“A moderação é o ponto fundamental para isso. Para aqueles que trabalham com compu-tadores, é indicado realizar pausas e olhar algo que esteja distante – isso faz o músculo ciliar relaxar. E, por fim, mas não menos importante, procurar o médico oftalmologista para exame periódico. Este profissional poderá avaliar se há necessidade de um tratamento mais específico”, completa a especialista.

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

Taís Cruz – MTB 0083367/SP

Referências bibliográficas
¹https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20073-pnad-continua-tic-2016-94-2-das-pessoas-que-utilizaram-a-internet-o-fizeram-para-trocar-mensagens
²https://wearesocial.com/blog/2018/01/global-digital-report-2018
³https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6288536/

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