O glaucoma é considerado a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e World Glaucoma Association, cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo são atualmente afetadas por ele. Por conta da gravidade da doença, e o grande número de pessoas atingidas por ela, a Sociedade Brasileira de Glaucoma e oftalmologistas especializados no tema desenvolvem atividades para a educação da população.
Celebrado em 26 de maio, O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma tem o objetivo de evitar a cegueira, meio da conscientização da importância do diagnóstico precoce, fatores de risco, acompanhamento periódico com oftalmologista e adesão do tratamento. O glaucoma não apresenta sinais iniciais, é uma doença crônica, por tanto, não tem cura. E, se não tratada, leva à cegueira irreversível.
“A doença é responsável por 12,3% dos casos de perda de visão em adultos e a prevalência aumenta com a idade, evoluindo de 1, 2% na população geral para até 7% após os 70 anos de idade e considerando não ter cura, é muito importante a conscientização para a melhor condução de tratamentos que possam controlar a sua evolução”, relata dra. Wilma Lelis Barbosa, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma.
As principais causas para o desenvolvimento do glaucoma estão: histórico familiar, pessoas com pressão intraocular (PIO) elevada e diabetes. Esses fatores se potencializam em pessoas de descendência negra.
Como tratar o Glaucoma?
A base do tratamento é o uso de colírios hipotensivos, ou seja, aqueles que tem o efeito de baixar a pressão intraocular, usados de forma continua (para o resto da vida). Em alguns casos, o uso de laser ou cirurgia é indicado.
A utilização correta do medicamento afeta diretamente os efeitos do tratamento. Aproximadamente 65% dos pacientes apresentam dificuldade na aplicação dos colírios e 38% erram a primeira gota. Cada gota de colírio desperdiçada pode representar um dia de tratamento a menos.
“Apesar de ser uma conduta simples, o uso do colírio é bastante negligenciado pela população, não apenas em relação à necessidade de uso regular da medicação, mas da quantidade de doses diárias e maneira de instilar o medicamento sem que seja desperdiçado. E o problema tende a aumentar em pacientes idosos, com mais dificuldades de memorização sobre horários de mais de um medicamento que tomam, com mais dificuldades motoras, temores, entre outros”, relata dra. Wilma.
A visita semestral preventiva ao oftalmologista é essencial para diagnosticar a doença em tempo. Uma vez detectado, seguir com as medicações e com visitas ainda mais regulares ao médico aumentam os resultados de preservação da visão.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.