24 de julho 2024

Conheça o olho seco: do sintoma à síndrome

Conheça as características, saiba mais sobre prevenção e entenda o tratamento dessa condição, que acomete mais de 50% da população no mundo

Um problema que afeta a saúde ocular de mais da metade das pessoas ao redor do mundo¹: essa é a síndrome do olho seco, disfunção que pode trazer desconforto, afetar a qualidade de vida e levar a complicações mais graves⁵ se não for tratado adequadamente. Só no Brasil, 34% dos brasileiros acima dos 18 anos experimentam algum sintoma ou nível de olho seco².

“Em casos mais severos, pode haver lesões e o comprometimento da visão, inclusive de modo permanente”, conta Dr. José Alvaro Pereira Gomes, oftalmologista (CRM 66306-SP) e presidente da Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco (APOS).

O que é olho seco?

As lágrimas são componentes fundamentais para manter os olhos hidratados e nutridos. Quando há alguma dificuldade que impeça o bom funcionamento desse sistema, o olho seco acaba aparecendo³. “Esse problema acontece quando o olho não produz lágrimas suficientes ou quando a qualidade delas é inadequada, resultando em secura e desconforto”, explica o especialista.

Porém, há diferenças entre o olho seco como sintoma e a síndrome do olho seco⁵. “Enquanto o olho seco pode ser uma manifestação temporária de alguma condição ou fator ambiental, a síndrome do olho seco é uma doença crônica, que requer atenção médica contínua”, pontua o doutor. Entenda a seguir:

Sintoma

O olho seco como sintoma geralmente é temporário e pode ser causado por fatores ambientais, como exposição ao vento ou ar-condicionado, ambientes secos, uso prolongado de tela, como celulares e computadores, ou lentes de contato e consumo de alguns medicamentos³-⁵.

Suas principais características são ardência, sensibilidade à luz, lacrimejamento, vermelhidão, embaçamento da visão e sensação de areia nos olhos³-⁵, que costumam ser aliviadas com medidas simples³, como o uso de lágrimas artificiais ou ajustes no ambiente.

Síndrome

Em contrapartida, a síndrome do olho seco é uma condição crônica³, frequentemente causada por disfunções nas glândulas lacrimais ou evaporação excessiva das lágrimas, com sinais que tendem a ser mais persistentes e severos⁴.

O controle da síndrome é mais complexo, podendo envolver o uso contínuo de lágrimas artificiais, pomadas específicas, medicamentos anti-inflamatórios e, em alguns quadros, procedimentos para melhorar a produção ou a qualidade das lágrimas³-⁵.

Mas, em ambos os casos, o envelhecimento e gênero também têm um papel importante: apesar de afetar pessoas de todas as idades, mulheres acima dos 40 anos⁵ são o grupo mais suscetível a desenvolver a condição, por influência dos fatores hormonais³.

Como o olho seco afeta o dia a dia?

“O olho seco pode ter um impacto grande a ponto de interferir em atividades simples, como ler, trabalhar e até mesmo estar ao ar livre”, afirma o presidente da APOS.

Além disso, a condição pode levar a complicações mais graves se não for identificada e tratada adequadamente⁵. “Essa deficiência das lágrimas traz prejuízos à superfície ocular, especialmente à córnea, uma estrutura que depende da lubrificação para proteger a parte frontal do olho e garantir a entrada adequada de luz, que formará as imagens”, relata o oftalmologista.

Por isso, ao notar um ou mais sintomas, é hora de buscar ajuda profissional.

Hábitos mais saudáveis ajudam na prevenção

Para prevenir o olho seco, Pereira Gomes recomenda uma pequena série de medidas simples: “Basta evitar a exposição prolongada a ambientes secos e com muito vento, piscar e fazer pausas regulares ao usar telas, bem como manter uma hidratação adequada do corpo”, ele pontua.

O especialista acrescenta, ainda, que, para aliviar o desconforto e a secura nos olhos, pode ser recomendado o uso de lubrificantes oculares, como o colírio Optive®. Sua fórmula atua na restauração e estabilização da lágrima, mantendo a superfície ocular hidratada, oferecendo alívio imediato e prolongado dos sintomas, além de proporcionar maior conforto e bem-estar ocular⁶.

Já recebi o diagnóstico de olho seco! E agora?

Após o diagnóstico, é importante manter um acompanhamento regular com o oftalmologista⁴. “Monitorar a evolução da disfunção e ajustar o tratamento é peça-chave para um controle eficaz do olho seco”, conclui o médico.

Para mais informações sobre o olho seco e o uso de Optive®, converse com seu oftalmologista.

BR-ABBV-240456 Jul/2024

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Referências:

  1. Tear Film & Ocular Surface Society. Consulta em 17/06/2024. Disponível em: www.tearfilm.org/dettnews-tfos_dews_ii_patient_summary/6814_5519/eng/
  2. Associação dos Portadores de Olho Seco. Consulta em 17/06/2024. Disponível em: www.apos-olhoseco.com.br/
  3. Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Consulta em 17/06/2024. Disponível em: www.cbo.com.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_09_leitura.pdf
  4. Fridman, D., Freitag, M. M., Kleinert, F., & Lavinsky, J.. (2004). Olho seco:
    conceitos, história natural e classificações. Arquivos Brasileiros De Oftalmologia, 67(1), 181–185. Consulta em 17/06/2024. Disponível em: doi.org/10.1590/S0004-27492004000100033
  5. Fonseca, E. C., Arruda, G. V., & Rocha, E. M.. (2010). Olho seco: etiopatogenia e tratamento. Arquivos Brasileiros De Oftalmologia, 73(2), 197–203. Consulta em 17/06/2024. Disponível em: doi.org/10.1590/S0004-27492010000200021
  6. Bula Optive®. Consulta em 17/06/2024. Disponível em: www.abbvie.com.br/content/dam/abbvie-dotcom/br/documents/Optive.pdf

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