Estima-se que o glaucoma afete 76 milhões de pessoas em todo o mundo3. No Brasil, são pelo menos 900 mil pessoas diagnosticadas4. É a segunda principal causa de cegueira em pessoas acima de 50 anos de idade – como a primeira é catarata (operável e reversível), o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível3,5.
Glaucoma é uma condição ocular que acomete o nervo óptico, cuja saúde e integridade são vitais para uma boa visão. A deterioração do nervo óptico leva a perda progressiva da visão e seu efeito é gradual, que a pessoa pode não perceber alteração na visão, até que a doença esteja em estágio avançado6.
A cegueira por glaucoma é irreversível porque a visão perdida não é recuperada. Mas é evitável com diagnóstico precoce e tratamento contínuo, que podem evitar a perda da visão, mantendo a qualidade de vida do/a paciente1.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a população com prejuízo na visão geralmente apresenta taxas menores de participação na força de trabalho e produtividade e taxas maiores de depressão e ansiedade. No caso de adultos mais velhos, a dificuldade de visão pode contribuir para o isolamento social, dificuldade em caminhar, maior risco de quedas e fraturas, além de maior probabilidade de necessitar de cuidadores precocemente7.
As causas exatas do glaucoma não são conhecidas. Mas sabe-se que pessoas com pressão intraocular (dentro dos olhos) mais alta têm maior risco de desenvolver a doença - estudos indicam que diminuir a pressão ocular pode contribuir com a interrupção do processo de perda de visão pelo glaucoma. Nem todas as pessoas com pressão intraocular elevada terão glaucoma – tal fato depende da integridade e capacidade funcional do nervo óptico, o que varia de pessoa para pessoa5,6.
Não há formas conhecidas de prevenir o glaucoma. Por isso, a consulta periódica e a avaliação com o oftalmologista são fundamentais para que a doença possa ser diagnosticada e controlada antes que afete a visão.
Como o glaucoma, na maioria dos casos, não apresenta sintomas em seu estágio inicial, cerca de metade das pessoas não sabe que tem a doença. Com o passar do tempo, a perda da visão começa pela periferia, e à medida que a doença evolui, afeta a visão central.
Sabe-se que alguns grupos da população têm risco aumentado para o glaucoma, tais como:
Alguns sintomas devem ter atenção especial e determinar uma visita ao oftalmologista, independente de qualquer outra razão:
Ao receber o diagnóstico, algumas perguntas simples ao especialista podem ajudar nesta jornada:
O controle do glaucoma deve ser contínuo, por toda a vida. O objetivo do tratamento é evitar a progressão da doença e, para isso, a adesão do paciente ao tratamento é fundamental. Atualmente, existem diferentes opções para controle do glaucoma – de colírios a medicamentos injetáveis, laser e procedimentos cirúrgicos.
Uma vez diagnosticado o glaucoma, algumas dicas podem contribuir para o sucesso do tratamento: