O diabetes é uma doença crônica1 que está entre as mais prevalentes no Brasil, afetando cerca de 16,8 milhões de brasileiros2. No diabetes, o organismo não produz insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue, ou não utiliza adequadamente a insulina que produz1.
Seu desenvolvimento pode ser assintomático, isto é, pode não apresentar sintomas durante anos. Quando se manifesta, pode estar em estado avançado. E o diagnóstico é simples e rápido: uma gotinha de sangue e, em poucos segundos, é possível saber se a pessoa está com as taxas de glicose alteradas e se deve seguir tratamento1.
O diabetes não tratado pode levar a uma série de complicações1, como seu impacto na visão: a doença é uma das principais causas de cegueira evitável3.
A retinopatia diabética, que pode afetar 1/3 da população acima dos 40 anos6, é uma das complicações mais frequentes do diabetes, mas também pouco conhecida: cerca de 1/4 das pessoas que vivem com diabetes não conversam com o seu médico sobre esta condição, mesmo quando alguns problemas de visão ocorrem7.
Assim como o diabetes, a retinopatia diabética (RD) se desenvolve de forma silenciosa por anos8: quando os primeiros sintomas surgem, como a visão embaçada, a doença já pode estar em estágio avançado. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 90% do casos de cegueira causados por diabetes poderiam ser evitados com diagnóstico e tratamento precoce9.
A Retinopatia Diabética se caracteriza por uma lesão nos pequenos vasos sanguíneos que nutrem a retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro, um dos principais componentes da visão. A doença ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão muito elevados, o que propicia dilatações e rompimentos das veias10. A pessoa passa a ter visão embaçada, manchas escuras na visão, perda progressiva da visão central e dificuldade de enxergar à noite11.
Nos casos leves, a retinopatia diabética pode ser tratada com o controle do diabetes, por meio da reeducação alimentar e o uso de insulina, conforme recomendação médica11-12. Nos casos mais avançados, os especialistas podem indicar tratamentos cirúrgicos, com lasers, implantes, injeções, entre outros11-13.